domingo, 17 de janeiro de 2010

Haiti: um caso de desespero aos que sobreviveram.

 

 Cadáveres em decomposição podem complicar a situação dos haitianos.
Mesmo parecendo que a coisa anda ruim no Haiti, após o grande terremoto que abalou e destruiu grande parte do local, o que deveria estar em controle, foge aos inúmeros problemas que a população enfrenta para se manterem vivos.
O assunto a ser comentado neste post se refere ao problema de decomposição dos corpos que não foram enterrados ainda. Sabemos que a nossa carne, após algum tempo da morte, começa a passar por estágios de decomposição, até ao ponto de começarem a exalar odores fortes, responsáveis estes, pelo acúmulo de moscas e insetos que se alimentam de matéria orgânica.
São vários os corpos que ainda continuam desaparecidos, e mais ainda, aqueles que estão acumulados em necrotérios e valas comuns. A comunidade precisa começar a se preocupar com essa situação, pois logo, a proliferação de doenças trará mais problemas do que se possa imaginar.
Segue abaixo uma reportagem retirada do site Último Segundo, que trás informações diretas do The New Work Times.

Corpos empilhados ao redor de necrotério no Haiti incham sob o sol escaldante

Logo NYT15/01 - 10:03 - The New York Times

 
 
PORTO PRÍNCIPE – Com uma regularidade que impressiona, uma caminhonete  da polícia haitiana se dirige ao necrotério de Porto Príncipe, capital do Haiti, para despejar mais corpos. Moscas zumbiam ao redor dos cadáveres. Os funcionários públicos descarregam a carga com suas expressões ocultas por máscaras cirúrgicas brancas.
 
Centenas de corpos, de adultos e crianças, estão empilhados do lado de fora do necrotério, inchando sob o sol escaldante. Pessoas caminham sobre os corpos tentando procurar parentes desaparecidos, tampando o nariz para tentar bloquear o cheiro de podridão.


Funcionário de necrotério tenta organizar corpos do lado de fora do prédio / NYT


"Eles finalmente levaram minha filha", disse um homem atordoado, Roilin Elysee, de 58 anos, que tinha visto os homens em uma caminhonete Nissan com a palavra "polícia" recolherem o corpo da filha na frente da Embaixada da França na última quinta-feira. "Eu não sei o que será de seu corpo", disse.
Para muitos haitianos na mesma situação que Elysee, é melhor não pensar o que está por vir.
"Estou tentando encontrar meu irmão", disse um homem visivelmente confuso enquanto olhava para a pilha de corpos. "Irmão!", gritou algumas vezes. Ninguém respondeu.
Um homem vestido de branco vagava entre as pessoas ao redor do necrotério, gritando repetidamente em um alto-falante: "Deus está voltando!"
Mas a sombria pilha de corpos ao lado do necrotério mostra que o precário Estado haitiano começou a trabalhar, mesmo que minimamente, enviando a polícia para recolher os corpos pela cidade. As caminhonetes da polícia foram praticamente os primeiros esforços de recuperação organizada vistos em várias partes de Porto Príncipe.

 

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