quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Aprovado financiamento para ANGRA 3

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 6,1 bilhões para a Eletrobrás Termonuclear S/A construir Angra 3. A usina terá potência instalada de 1.405 megawatts.
O valor a ser aportado pelo BNDES corresponde a 58,6% do investimento total do projeto, que deverá gerar 9 mil empregos na fase de construção e 500 vagas na fase de operação da usina.
A conexão da usina com o Sistema Interligado Nacional (SIN) será feita por meio de linha de transmissão que atualmente escoa a energia produzida por Angra 1 e Angra 2. A atual subestação será ampliada para permitir o aumento da carga.
"A usina está localizada próximo aos principais centros consumidores de energia do país, evitando a construção de sistemas de transmissão e a consequente elevação do custo de energia produzida", diz a nota divulgada pelo BNDES.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

BOLSAS DE ME/DO CNEN 2011


Para os candidatos ao ingresso na Pós-Graduação,  uma das grandes preocupações, além do aceite do Plano de Trabalho pela CPG, é a concessão de bolsas de estudos. O governo, assim como os órgãos de fomento científicos e tecnológicos, se preocupa em manter um número de bolsas com intuito de promover o avanço intelectual do país. Seguindo essa idéia, a Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN termina o ano de 2010 divulgando o primeiro edital para concessão de Bolsas de Mestrado e Doutorado, sob registro de número 01/2011.
Os projetos serão avaliados caso se enquadre em alguma área de interesse da CNEN,  dentre as quais estão:
  • Aplicações e Efeitos da radiação
  • Segurança de instalações nucleares e radiativas
  • Ciclo do Combustível nuclear
  • Fusão nuclear
  • Reatores nucleares
  • Rejeitos radioativos
A inscrição e a documentação relacionada no edital deverão ser enviadas, via SEDEX, postadas até o dia 11 de Março de 2011. A Proposta de Trabalho deve ser enviada ao e-mail sefesp@cdtn.br
Os resultados serão publicados até dia 02/04/2011, o prazo para implementação da bolsa corre a partir de 1º de abril de 2011.
BAIXAR EDITAL 01/2011

domingo, 12 de dezembro de 2010

Acidentes Nucleares

O grande acidente de THREE MILE ISLAND

 No decorrer da história os aspectos de segurança e controle das centrais nucleares passaram por intensos processos de desenvolvimento e melhoras, mas apesar de esforços dos orgãos reguladores em monitorar e garantir a correta operação de reatores de potência instalados em todo o mundo, conhecemos alguns acidentes que deixaram marcas na face da Energia Nuclear.

O video abaixo conta brevemente a história da Usina Nuclear de Three Mile Island, feito especialmente para esta publicação do Quimiton.


Retirado e adaptado de: http://www.youtube.com/watch?v=eLPAigMuBk0 / http://www.youtube.com/watch?v=0j8ULWSETAM&feature=related

Dúvidas e comentários podem ser postados na página do video no Youtube.

RECICLA

CAMPANHA VAMOS RECICLAR

 Se cada pessoa reciclar seu celular antigo, centenas de toneladas de materiais serão reaproveitadas. Vamos reciclar?

Como participar:
Basta ir até uma loja ou revenda exclusiva Vivo, assinar um termo de doação e depositar o material em uma urna especializada. Aparelhos, baterias e acessórios de qualquer marca, modelo ou operadora podem ser doados.

Vamos fazer a diferença! Toda a renda será revertida para projetos do Instituto IPÊ, que ajudam a preservar a fauna e a flora brasileiras.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

The Fuel Cicle


Video apresentado na aula de Fundamentos de Tecnologia Nuclear: Materiais e Ciclo do Combustível (Clique na imagem para ser direcionado ao Video)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Física Nuclear

ÁTOMOS? Pra quê?
Sabemos que qualquer coisa no universo é formada por partículas muuito pequenas, conhecidas como as unidades elementares constituintes. Também conhecido como Átomo, essa unidade elementar tem como histórico, um longo processo de descobertas.
Ao longo das publicações feitas aqui veremos como a estrutura da matéria se comporta mediante determinadas situações.
Começa aqui uma longa jornada rumo a ciência das Partículas Elementares.

domingo, 18 de julho de 2010

Microscopia: O mundo onde vivemos. (PARTE 2)


    Nesse tópico abordarei um aspecto interessante da ciência da microscopia, visando principalmente a mostra de algumas imagens que podemos obter com o equipamento que tratarei aqui.

    Lembra o que foi dito anteriormente? A microscopia tem por objetivo mostrar aquilo que não se pode ver a olho nu, sendo assim, temos que nos valer de algumas técnicas que nos permitam ampliar e/ou expor as regiões que possam nos trazer informações importantes do material a ser observado.
    Vejam que, a grande maioria das pessoas pensam que o microscópio é algo que aumenta a imagem de um objeto que está em frente a um conjunto de lentes, devemos mudar esse conceito a partir de agora. Existem equipamentos que sequer tem aquelas lentes de vidro comuns aos microscópios ópticos, esses microscópios modernos são conhecidos como Microscópios Eletrônicos. Dentro dessa classificação, temos outras, tais como, os Microscópios Eletrônicos de Varredura (MEV) e Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET). Esses equipamentos trabalham com um feixe de elétrons (partículas negativas que compõe os átomos), esses elétrons são lançados contra o material a ser observado e, por se tratar de uma partícula muito pequena, ela sofre desvios e são capturados por detectores que transformam esse sinal em imagem.

    Veja abaixo uma imagem de um MEV que é utilizado por pesquisadores e estudantes do IPEN:



    O Microscópio Eletrônico de Varredura é um microscópio muito potente, podendo aumentar a imagem do objeto em milhares de vezes (até 300.000 X), isso o torna um grande aliado no ramo de caracterização de materiais, sejam eles metais, cerâmicos e/ou biológicos.
    Tecnicamente falando, o princípio de funcionamento do MEV consiste na emissão de feixes de elétrons por um filamento de tungstênio, acelerados mediante a aplicação de uma diferença de potencial que pode variar de 0,5 a 30 kV. A correção do percurso dos feixes de elétrons é realizada pelas lentes condensadoras que alinham os feixes em direção a abertura da objetiva. A objetiva ajusta o foco dos feixes de elétrons antes dos mesmos atingirem a amostra analisada.
    O fino feixe de elétrons atinge a superfície da amostra e promove interações com o material, parte do feixe é refletida e coletada por um detector que converte este sinal em imagem (imagem de elétrons retroespalhados) – e parte interage na amostra emitindo elétrons, produzindo a chamada imagem de elétrons secundários. Pode ocorrer também a formação de outras formas de sinal, assim como os raios X.

    Para colocar uma amostra no MEV é preciso que ela conduza corrente elétrica, dessa forma, se a amostra é um metal, pode ser colocada diretamente sob o porta amostras e levada para análise, caso contrário, é necessário que se faça um recobrimento com algum material condutor de elétrons para garantir que haja interação do feixe incidente com a superfície do material, normalmente as amostras que precisam ser recobertas passam por um equipamento que lança uma finíssima camada de Ouro sobre o material.

Agora chegamos na parte interessante do assunto, vejamos algumas amostras obtidas por MEV:

INSETOS


                                   CÉLULAS VERMELHAS                        VIRUS

FORMIGA

Pois bem meus amigos, fica aqui a beleza que a natureza tem a nos oferecer. Nem sempre tudo que vemos no nosso dia-a-dia é aquilo que realmente é.
Um grande abraço a todos.

Até a próxima.

quinta-feira, 3 de junho de 2010



        Há um tempo eu pensava em escrever algo sobre a maravilha da microscopia aplicada à Ciência. Mostrar o mundo desconhecido a olho nu é talvez uma das grandes oportunidades dos cientistas que, assim como eu, trabalham usando essa técnica espetacular.
        Grande parte de vocês já devem ter ouvido falar em microscópio, principalmente na disciplina de ciências do colégio, ou mesmo aqueles que fizeram ou fazem algum curso na área de saúde, biológicas ou exatas. Para tanto, aqueles que já sabem ou que ainda não ouviram falar nesse assunto, vão aprender alguma coisa sobre essa que é uma das técnicas de análise do mundo invisível a olho nu.
         É de senso comum saber que um microscópio serve para aumentar a imagem do que se pretende observar, porém, será que é só pra isso? Será que é só isso? Como um microscópio funciona?
        Todas essas perguntas serão respondidas aos poucos a cada publicação que farei por aqui, por enquanto, vamos ver uma ilustração de um microscópio comum (Figura 1), atentando para a identificação de suas partes.


        Esse tipo de equipamento tem seu funcionamento de forma muito simples, existe em sua base uma fonte de luz que iluminará a amostra posta sobre um suporte mais acima, essa luz então seguirá para uma série de lentes que ampliarão o campo visível, aumentando assim a imagem observada.
        Provavelmente todos já tiveram um "microscópio" em casa, isso mesmo!, um instrumento muito conhecido também tem essa função, a LUPA!
        A lupa nada mais é do que um instrumento dotado de uma lente que consegue ampliar os raios de luz que a atravessam. Isso ocorre por conta das distorções que os raios de luz sofrem ao passar pela lente, esta por ser biconvexa, consegue direcionar a luz e, dependendo do ponto que nós observarmos, teremos uma imagem maior do que a imagem real.
         Que tal tentar produzir a sua própria lupa?
        Muito simples, com uma garrafa transparente (de preferência de vidro) complete-a com água. Agora, é só posicionar a garrafa na frente de qualquer objeto pequeno que este aparecerá maior do que o normal pelo outro lado da garrafa. Conforme você for aproximando ou distanciando a garrafa do objeto, perceberá que a imagem formada ficará maior ou menor. Isso ocorre porque as paredes da garrafa atuarão como a lente da lupa e, a água dentro dela servirá para conduzir a luz. Nas lentes, normalmente de vidro, a luz passa de forma diferente por ser um material diferente, esse fenômeno ocorre devido ao que chamamos de indice de refração. Para a água, para o vidro assim como para o ar, o indice de refração da luz muda, ou seja, ela percorre caminhos diferentes com velocidades diferentes por entre meios em que o indice de refração não for o mesmo.
CONTINUA...

domingo, 25 de abril de 2010

SUPERCONDUTIVIDADE: Um avanço na tecnologia das baixas temperaturas!

          Gostaria de compreender um pouco mais sobre o fenômeno da supercondutividade?
          Então assista ao vídeo abaixo, produzido para dar uma idéia inicial desse avanço na Ciência Física dos materiais. Temos aqui grandes exemplos da utilização deste fenômenos, tais como, o MAGLEV - trem de altíssima velocidade, o LHC - maior acelerador de partículas do mundo, entre outros.


          Perguntas, sugestões e comentários podem ser deixados na caixa (Comentários) logo abaixo.
Att,
Everton.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fluxograma para qualquer PROBLEMA

          Você é uma daquelas pessoas que já passou por apuros quando se viu frente a um problema?
          Provavelmente já deve ter passado por essa situação não é. Então, faça uma forcinha e tente se lembrar do quanto teve que pensar para tentar sair desse problema. Muito? Ah... eu imagino o quanto!
          Bom, muito simples, outro dia eu recebi por e-mail um fluxograma criado por alguém com experiência nessa área, e sabe porque? Porque a coisa tem uma linha de lógica muito boa.
          Veja você mesmo:

          Então, da próxima vez que estiver encrencado, faça uma visita ao blog Quimiton e consulte esse fabuloso método de resolução de problemas.
obs.: o vocabulário utilizado nessa imagem é de autoria do seu tradutor (não identificado).

Um grande abraço a todos e até a próxima.

          Por se tratar de uma data tão bem aproveitada pelos casais, o Dia Internacional do Beijo não é simplesmente um dia para beijar, ao contrário do que muitas pessoas pensam. Vamos pensar no beijo como um ato em que duas pessoas encostam seus lábios uns nos outros, movimentando cerca de 29 músculos, queimando calorias e liberando serotonina. Será que é só isso? Ah, o beijo.....
          Pois bem, onde a Química entra nessa história?
          Humm.. já ouviram falar que pra acontecer precisa rolar uma "Química"? heheh.... isso mesmo galera, a Química está presente também nesse momento da vida de qualquer pessoa.
Beijar é mais do que descrevi acima, é muuuuito mais e, por isso, apresento-lhes a molécula do beijo:
          A oxitocina é uma proteina formada por nove aminoácidos, produzida no cérebro, em uma região chamada de hipotálamo, é ela a responsável pelas sensações gostosas que temos quando beijamos alguém que gostamos. Conhecida como hormônio do carinho, do abraço, do beijo, também é responsável pelas contrações que as grávidas sentem quando estão dando a luz, ela também é responsável por parte das nossas emoções.

terça-feira, 13 de abril de 2010

DESENVOLVIMENTO DA PODEROSA ENERGIA NUCLEAR

          Caros leitores, quantos de vocês já ouviram falar sobre Energia Nuclear? Pois bem, garanto que muitos. Agora, paremos para refletir sobre o conceito dessa tão discutida forma de obtenção de energia.
Qual o princípio de funcionamento de uma usina nuclear?

          Em um primeiro momento a explicação pode até parecer um tanto quanto simples, mas não há necessidade de avançarmos muito nos conceitos, apenas precisamos compreender que a energia nuclear é derivada de átomos instáveis que, para adquirirem estabilidade, liberam grande quantidades de energia, seja pela quebra de um núcleo muito denso, processo conhecido como fissão, como pela união de núcleos menores, conhecido como fusão.

          Rapidamente podemos dizer que o processo de fissão ocorre nas famosas bombas atômicas e nas usinas nucleares (de forma controlada), já o processo de fusão ocorre na bomba de hidrogênio (bomba H) e no Sol. Este segundo, mais energético que o primeiro.
          Então... qual o motivo de tantos paradigmas que envolvem a energia nuclear?
          É verdade que durante muitos anos na história, a energia nuclear teve uma máscara de monstro, principalmente devido aos acidentes ocorridos com armas nucleares e algumas usinas, como a famosa Chernobyl, mas precisamos levar muitos outros fatores em consideração também. A Energia Nuclear é umas das formas de energia que não emitem gases poluentes e causadores do efeito estufa durante o processo de geração de energia.

          Contudo, o foco deste artigo esta baseado em uma publicação feita no site da revista científica Nature a respeito do avanço nas técnicas de enriquecimento do Urânio, material este utilizado para abastecer usinas nucleares, reatores de submarinos e até mesmo para fabricação de bombas atômicas.
          Como sabemos, o Urânio é encontrado na natureza na forma de minério, e assim se mantém até ser extraido e separado de seus contaminantes. O Urânio é um mineral que, na forma natural, é composto por isótopos de U-238, U-236 e o perigoso U-235, este último, responsável pela reação de fissão. Mas, felizmente, ele encontra-se em uma concentração muito baixa no Urânio natural, precisando então este, passar por processos de enriquecimento, que ocorrem no que chamados de Ciclo do Combustível Nuclear.
          Para extrair o U-235, isótopo mais leve e físsil, precisamos reportá-lo à algumas técnicas de separação.
           Para a produção de uma bomba atômica, faz-se necessário uma concentração mínima de 80% de U-235, já alguns radiofármacos, que são medicamentos a base de elementos radioativos, estes levam até 20% de U-235 na sua composição. Por este motivo, alguns paises, incluindo o Brasil, têm autorização para enriquecer até 20% de U-235.

          O artigo publicado na revista Nature menciona o quão se desenvolveu a tecnologia para enriquecimento de Urânio durantes alguns anos e, o mais incrível é o expressivo e até mesmo exponencial aumento na eficiência do processo como um todo desde 1945.
           Como mostra a figura abaixo, temos um avanço de 0,5 SWU/MWh no início do desenvolvimento da técnica de enriquecimento, no ano de 1945, logo após, em 1960, este valor sobe para 5 SWU/MWh, chegando aos incríveis 20 SWU/MWh atualmente.


          O que nos leva a ficarmos preocupados com tanto avanço é a capacidade de simplificação e rendimento na relação trabalho/eficiência, podendo ser uma característica que, de outro ponto de vista, possa trazer complicações para a segurança nacional.
         Os primeiro processos de enriquecimento de Urânio eram realizados por "Calutron", ou seja, utilizavam-se um espectrometro de massa para separar os isótopos. Logo após tivemos um avanço com a utilização da técnica de difusão gasosa do gás hexafluoreto de urânio, fazendo-o passar por uma membrana semipermeável. Já em 1960 foi descoberto o processo por centrifugação, pelo qual, reduziu-se expressivamente a energia necessária para realizar a separação dos isótopos U-235 e, atualmente estão pesquisando outra técnica de separação para facilitar ainda mais esse processo e reduzir o espaço utilizado pelas grandes cascatas de ultracentrifugas que são utilizadas hoje (Figura abaixo).

          A técnica conhecida como "Laser Uranium Enrichment", ou Enriquecimento de Urânio à Laser, pode contribuir para a utilização da energia nuclear para fins bélicos, e o pior, sem a possibilidade de rastreamento, afinal, a estrutura necessária para trabalhar com este novo laser ocupa cerca de 25% do espaço utilizado pelas atuais ultracentrífugas.


segunda-feira, 5 de abril de 2010

NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ADMINISTRATION


        Na manhã desta segunda-feira (05) a agência norte-americana NASA envia à Estação Espacial Internacional (da sigla em inglês, ISS) o ônibus espacial Discovery. Na sua missão, denominada STS-131, o lançamento, que ocorreu às 6h21min (hora local) na base de lançamento de Cabo Canaveral, na Flórida, tem como principal objetivo levar aos colegas que vivem na ISS uma série de equipamentos que ajudarão nas missões e estudos científicos.

domingo, 4 de abril de 2010

Do que são feitas as coisas? O que compõe o nosso universo?

        Perguntas relativamente simples, não? Nada disso, para compreendermos o quão complexo é o universo precisamos estudar, e muito! Até hoje,  vários cientístas, institutos de pesquisas e grandes laboratórios reunem esforços para tentar entender como são formados os átomos, as moléculas, a matéria em si. A origem de tudo isso é bem pequena, cerca de trilhões de vezes menores que uma cabeça de alfinete.
        Achou pequeno?
        Veja abaixo um esquema das principais particulas elementares presentes no universo.
Fonte: adaptado de www.sprace.org.br

        A figura acima foi extraida de um projeto desenvolvido, nas escolas, para ensino de ciências, atraves do SPRACE, apoiado pela FAPESP. O estudo da estrutura da matéria se torna fundamental para o desenvolvimento técnico-científico incumbindo os cientistas das mais diversas áreas a pesquisarem sobre o comportamento e características das menores estruturas já estudadas.
        Contudo, sabe-se que a ciência ainda tem muito a evoluir para tornar sólido seus conhecimentos e teorias. Algumas das principais teorias da "matéria pequeníssima" acabam sendo estudadas pela Mecânica Quântica que, ao descobrir eventos nessa área, acaba sendo falha em alguns aspéctos, justamente por não conhecer tudo. Nem tudo que sabemos ainda pode ser explicado pela teoria e prática ao mesmo tempo e com isso temos o dever de avançar. Avançar para conhecer, para descobrir, para evoluir e para compreender o mundo que vivemos.

Novas páginas neste Blog!

Segue acima os links para as páginas Ciência dos Materiais e Eventos Científicos aos quais incumbir-se-ão as postagens sobre a área de pesquisa sobre materiais e sobre os eventos da área no decorrer do ano, respectivamente.

terça-feira, 2 de março de 2010

Metais com propriedades interessantes!

Que tal ter um objeto metálico que pode ser deformado e, como num passe de mágica, voltar sozinho a sua forma original? Interessante né?

Pois bem, esses objetos já existem, e são feitos com ligas metálicas capazes de sofrer deformações e voltarem ao seu formato original após tratamento térmico.

Uma pesquisa feita pelo ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) trabalhou com ensaios sobre as propriedades dessas ligas mágicas!
Veja abaixo uma introdução de como são feitas e onde são utilizadas as famosas Ligas com Efeito de Memória de Forma.

O efeito de memória de forma pode ser definido como a capacidade de um material, após ter sido deformado plasticamente em seu estado martensítico, voltar ao estado ou forma original através de aquecimento a temperaturas superiores à temperatura de transformação martensítica. Isso acontece através de uma transformação da sua estrutura cristalina de martensita para austenita via processos térmicos, resultando grandes deformações.As ligas de NiTi (nitinol) são os materiais com efeito de memória de forma mais usados em aplicações práticas. O nome nitinol vem do acrônimo de Nickel-Titanium Naval Ordinance Laboratory.
O interessante desses materiais, é que na sua reconstituição à forma original, as ligas com efeito de memória de forma podem realizar trabalho mecânico. Um fio pode ser tensionado a partir de sua forma memorizada; o seu comprimento diminui sob aquecimento podendo ser utilizado, por exemplo, como atuador em aplicações de robótica ou biomecânica. Nesse caso, o atuador se comporta de forma análoga a um músculo, ora contraindo ora relaxando. Resultados experimentais mostram que o fio de Nitinol pode fazer uma forca de recuperação bastante elevada (Otubo, 1997; Silva, 1999).
A maioria desses projetos utiliza o efeito de memória de forma visando que o material ao voltar a sua forma memorizada produza alguma ação desejada sobre o sistema. Como exemplo, pode-se aplicar esse conceito na vedação de uma junta de tubos, ou no projeto de dispositivo de liberação de painéis solares de um satélite. Nesse último caso, um atuador cilíndrico de NiTi é comprimido a partir de sua forma memorizada; o alongamento do atuador quando aquecido é utilizado para romper um pino de retenção (Acosta, 2000; Nunes, 1998).
A obtenção do EMF se deve ao tratamento térmico ao qual a liga é submetida. Primeiramente o material é obtido com a forma adequada à sua utilização. Em seguida a peça é moldada com a forma que se deseja memorizar. Após isso vem o tratamento térmico. A peça é aquecida a uma temperatura acima de uma faixa de temperatura onde só existe a fase austenita. Então a liga é bruscamente resfriada, com sua temperatura caindo para um valor a baixo de uma faixa de temperatura onde só existe a fase martensita. Neste momento a peça é deformada plasticamente. Caso a peça seja aquecida a uma temperatura acima da faixa de temperatura onde só existe a fase austenita então esta retorna ao formato memorizado. O material então se resfria, bastando deformá -lo e aquecê-lo mais uma vez para que seja obtido o EMF. O tratamento de memorização é feito apenas uma vez.
Fonte: http://www.bibl.ita.br/xencita/Artigos/60.pdf (Modificado)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Graduandos: Grande Oportunidade!

Abertas inscrições para programas de Iniciação Científica!

Segundo informações dadas pela Agência USP, estão abertas as incrições para os programas de Iniciação Científica com bolsas nas modalidades CNPq, RUSP e Santander.
Estão abertos os editais para a abertura de inscrições de candidatos às bolsas do Programa de Iniciação Científica (PIC) e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), que contemplam toda  a USP.

As bolsas serão oferecidas por um período de um ano e o bolsista deverá estar regularmente matriculado em curso superior, não ter vínculo empregatício e dedicar-se integralmente às atividades acadêmicas e de pesquisa.

Os editais do PIC e do PIBITI já estão disponíveis e podem ser consultados pela internet. As inscrições podem ser feitas a partir do dia 22 e vão até o dia 30 de abril.

Mais informações: (11) 3091-3290

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Poluição industrial vira alvo de estudos na USP

Que tal utilizar a luz para controlar a poluição das indústrias?

Um equipamento portátil posicionado no solo e que emite pulsos de luz pode revolucionar o controle dos poluentes emitidos pelas chaminés das indústrias. É no que trabalham os pesquisadores do Projeto Lidar, do Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio-Ambiente (Cepema) da USP, que fica em Cubatão, na Baixada Santista.
A técnica do lidar (sigla para o termo em inglês light detection and ranging) é similar à do radar. O radar baseia-se na emissão de ondas de rádio e detecção das ondas que retornam de um objeto. Dependendo do comprimento e da intensidade das ondas refletidas - e recebidas por um sensor -, pode-se calcular a distância de um objeto, seu tamanho, velocidade, entre outras variáveis. No lidar, processo semelhante é feito, mas com a emissão de pulsos de luz por laser. Até então, essa técnica, criada há décadas, só era usada para mapear o ar da atmosfera, analisando a concentração de compostos gasosos e partículas. O projeto do Cepema inaugura um novo uso para o lidar, que pode tornar mais fácil e barato o monitoramento das emissões em processos industriais.

Hoje, as indústrias usam sensores caros e específicos para medir a composição dos gases liberados pelas chaminés. Como, muitas vezes, os gases são quentes e as chaminés são altas e de difícil acesso, a instalação e manutenção desses medidores é complicada e onerosa. Com o lidar, não é necessário subir até o topo da chaminé nem fazer a calibração do equipamento, pois ele é instalado em locais de fácil acesso e direcionado ao ponto almejado, o que possibilita o monitoramento a distância. Mesmo em um ambiente úmido e com névoa, como é a região de Cubatão, o lidar consegue obter resultados em tempo real a distâncias de cerca de 500 metros ou mais. A pesquisa do Cepema desenvolve métodos de análises específicos e confiáveis para monitorar gases como CO (monóxido de carbono), hidrocarbonetos, SO2 (dióxido de enxofre) e NOx (óxidos de nitrogênio), além de partículas poluentes. A próxima etapa do estudo visa aplicar a técnica para medir a distribuição de tamanhos do material particulado expelido por chaminés.

De acordo com o professor Roberto Guardani, responsável pela pesquisa, a técnica poderá ser usada tanto pelos órgãos fiscalizadores quanto pelas próprias indústrias. "A indústria pode usar como instrumento de controle de processo", afirma. Ele explica que "todo processo industrial possui parâmetros técnicos que permitem prever a taxa de emissão de poluentes". Por isso, os engenheiros especializados sabem a quantidade regular de componentes emitidos em cada etapa de produção. Com o uso do lidar, será possível detectar e corrigir falhas operacionais antes que isso cause prejuízos ambientais e financeiros. Os pesquisadores pretendem quantificar o que sai das chaminés para que, daqui a algum tempo, o controle de qualidade do ar e da produção sejam mais ágeis. Isso deverá causar menos gastos para a indústria e menos poluição à atmosfera. (Agência USP)

As primeiras medições aconteceram entre outubro e dezembro. A cada dois ou três meses, o grupo pretende fazer novos experimentos e ajustes aos programas de leitura dos raios refletidos.
O Projeto Lidar é interdisciplinar, integrando químicos, engenheiros químicos, físicos e meteorologistas, envolvendo, além da USP, pesquisadores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).




Respirando problemas: um caso de poluição fatal.

Estudos apontam a presença de elementos tóxicos e carcinogênicos na poeira doméstica!

Mais uma vez, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares sai na frente com uma tese de Doutorado realizada no Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA).  estudo está voltado para a análise da poeira encontrada nas residências da população brasileira, mais especificamente de algumas casas de SP. 
Pesquisadores do Centro de Química e Meio Ambiente do Ipen desenvolveram estudo de doutorado para avaliar as características químicas e toxicológicas em amostras de poeira doméstica de quatro bairros da região Norte da cidade de São Paulo. O objetivo principal da pesquisa é determinar metais potencialmente tóxicos e ftalatos, substâncias mais preocupantes do ponto de vista de saúde pública, por serem capazes de provocar distúrbios endócrinos e mutações.
Inicialmente foram selecionadas 100 residências, nos bairros Freguesia do Ó, Pirituba, Jaraguá e Perus, sendo 69 as escolhidas. Os locais foram selecionados pela proximidade às marginais, rodovias paulistas, estações ferroviárias, aterros sanitários.
A avaliação realizada envolveu apenas ambientes residenciais e seguiu protocolo baseado em orientações da EPA (agência de proteção ambiental norte-americana). A coleta foi realizada entre os anos de 2006 e 2008, utilizando aspirador de pó. As amostras foram peneiradas e a fração mais fina analisada, por apresentar maior concentração de contaminantes.
Os ftalatos são compostos orgânicos utilizados como aditivos de materiais plásticos, como o PVC, para melho-rar suas propriedades físicas. Porém, a sua incorporação é parcial e devido ao desgaste natural ou intempéries estes compostos tendem a se desprender dos materiais e migrar para o meio ambiente. Estas substâncias são acumulativas e não biodegradáveis e podem se alocar no tecido adiposo, provocando distúrbios endócrinos e mutações. Há estudos mostrando que há migração dos ftalatos presentes em utensílios médicos como catéteres e bolsas de sangue, bem como de utensílios e artefatos domésticos.
As análises foram feitas utilizando-se técnicas de fluorescência de raios-X para os metais e cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massa para os ftalatos.
De acordo com Valdirene Scapin, a pesquisa mostrou que cromo, níquel, cobre, zinco e chumbo encontram-se acima dos valores de referência permitidos, quando comparados com os valores de exposição (somatória dos teores aceitáveis para contato dermal, inalação de partículas e ingestão de solo, publicados pela Cetesb). Os resultados comprovam a contaminação dos ambientes domésticos internos por metais pesados.
A orientadora Ivone Mulako Sato alerta sobre os teores de ftalatos e para a ausência de normativa oficial para comparação dos valores determinados com valores de referência. Ftalatos como o DEHP e o DnBP encontram-se acima dos valores de referência inter-nacionais permitidos para ingestão.
Fonte: www.ipen.br

domingo, 17 de janeiro de 2010

Brasil avança alguns passos!

Alternativa para radioisótopo

15/1/2010

Agência FAPESP – A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou a participação do Brasil no Projeto de Pesquisa Coordenado (CRP) para o desenvolvimento de técnicas para produção de molibdênio-99, utilizando urânio-235 de baixo enriquecimento por fissão neutrônica.
O projeto é coordenado pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) por meio da Diretoria de Radiofarmácia, com previsão de conclusão no final de 2010. A ação faz parte da estrutura do projeto para construção do Reator Multipropósito Brasileiro.
O Ipen é uma autarquia vinculada à Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo e gerenciada técnica, administrativa e financeiramente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Vários grupos de pesquisadores do Ipen participam diretamente do projeto. Segundo o instituto, o molibdênio-99 é a matéria-prima para a produção de geradores de tecnécio-99m, radiofármaco utilizado em cerca de 80% dos exames para diagnóstico médico. Desde maio de 2009 tem ocorrido uma crise internacional no fornecimento do radioisótopo produzido em reatores nucleares, prejudicando pacientes.

No projeto da AIEA, a tecnologia a ser desenvolvida é a de dissolução ácida, que utiliza alvos de urânio metálico e gera menor volume de rejeitos sólidos e líquidos. O Chile é o primeiro país participante do CRP que utilizará essa tecnologia em larga escala.
O urânio-235 de baixo enriquecimento (abaixo de 20%) é fissionado, gerando vários isótopos, entre eles o molibdênio-99 e o iodo-131, também utilizado em medicina nuclear. Argentina, Canadá, África do Sul e demais países produtores de molibdênio-99 utilizam a técnica da dissolução básica, dissolvendo o urânio irradiado com uma base.
O Ipen retoma essa linha de desenvolvimento pesquisada no passado, utilizando miniplacas elaboradas pelo seu Centro de Combustíveis Nucleares. As miniplacas contendo o urânio-235 foram produzidas no centro e passarão, ainda não irradiadas, por experimentos de dissolução e simulações do restante do processo de separação e purificação do molibdênio-99.
Mais informações: www.ipen.br

Haiti: um caso de desespero aos que sobreviveram.

 

 Cadáveres em decomposição podem complicar a situação dos haitianos.
Mesmo parecendo que a coisa anda ruim no Haiti, após o grande terremoto que abalou e destruiu grande parte do local, o que deveria estar em controle, foge aos inúmeros problemas que a população enfrenta para se manterem vivos.
O assunto a ser comentado neste post se refere ao problema de decomposição dos corpos que não foram enterrados ainda. Sabemos que a nossa carne, após algum tempo da morte, começa a passar por estágios de decomposição, até ao ponto de começarem a exalar odores fortes, responsáveis estes, pelo acúmulo de moscas e insetos que se alimentam de matéria orgânica.
São vários os corpos que ainda continuam desaparecidos, e mais ainda, aqueles que estão acumulados em necrotérios e valas comuns. A comunidade precisa começar a se preocupar com essa situação, pois logo, a proliferação de doenças trará mais problemas do que se possa imaginar.
Segue abaixo uma reportagem retirada do site Último Segundo, que trás informações diretas do The New Work Times.

Corpos empilhados ao redor de necrotério no Haiti incham sob o sol escaldante

Logo NYT15/01 - 10:03 - The New York Times

 
 
PORTO PRÍNCIPE – Com uma regularidade que impressiona, uma caminhonete  da polícia haitiana se dirige ao necrotério de Porto Príncipe, capital do Haiti, para despejar mais corpos. Moscas zumbiam ao redor dos cadáveres. Os funcionários públicos descarregam a carga com suas expressões ocultas por máscaras cirúrgicas brancas.
 
Centenas de corpos, de adultos e crianças, estão empilhados do lado de fora do necrotério, inchando sob o sol escaldante. Pessoas caminham sobre os corpos tentando procurar parentes desaparecidos, tampando o nariz para tentar bloquear o cheiro de podridão.


Funcionário de necrotério tenta organizar corpos do lado de fora do prédio / NYT


"Eles finalmente levaram minha filha", disse um homem atordoado, Roilin Elysee, de 58 anos, que tinha visto os homens em uma caminhonete Nissan com a palavra "polícia" recolherem o corpo da filha na frente da Embaixada da França na última quinta-feira. "Eu não sei o que será de seu corpo", disse.
Para muitos haitianos na mesma situação que Elysee, é melhor não pensar o que está por vir.
"Estou tentando encontrar meu irmão", disse um homem visivelmente confuso enquanto olhava para a pilha de corpos. "Irmão!", gritou algumas vezes. Ninguém respondeu.
Um homem vestido de branco vagava entre as pessoas ao redor do necrotério, gritando repetidamente em um alto-falante: "Deus está voltando!"
Mas a sombria pilha de corpos ao lado do necrotério mostra que o precário Estado haitiano começou a trabalhar, mesmo que minimamente, enviando a polícia para recolher os corpos pela cidade. As caminhonetes da polícia foram praticamente os primeiros esforços de recuperação organizada vistos em várias partes de Porto Príncipe.

 

Água Tônica e o Quinino

Já se perguntaram o que tem na Água Tônica? Já ouviram falar em Quinino? (Atualizado em 2015)

Pois bem, agora vamos conhecer um pouco mais sobre esse composto que vem nas águas tônicas e que quase ninguém sabe o que é. 

Figura 1 - Foto ilustrativa de água
tônica comercial
     A água tônica contém até 85 mg.L-1 de quinina, que foi inicialmente adicionada como sendo um composto com efeitos benéficos contra a malária, contudo hoje em dia, a água tônica contém uma quantidade insignificante de quinina em termos médicos e é somente usada pelo seu sabor (amargo). É, consequentemente, menos desagradável e também frequentemente adocicada. Alguns produtores também produzem água tônica diet.
     Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration limita a quantidade de quinina na água tônica a 83 ppm (83 mg por litro se for calculado pelo quilograma), que é metade para um quarto da concentração usada para a água tônica.

     A água tônica é muito usada como uma bebida de mistura para cocktails, especialmente os que são feitos com gin (por exemplo gin tônico). A água tônica com adição de limão ou lima é conhecida como bitter lemon, "pina de limão" ou bitter lime, respectivamente.

Figura 2 - Fórmula estrutural da molécula de quinina.
     A água tônica fica fluorescente se colocada sob luz ultravioleta por causa da presença da quinina. Quinina (fórmula química: C20H24N2O2) é um alcalóide de gosto amargo que tem funções antitérmicas, antimaláricas e analgésicas. É um estereoisômero da quinidina. O sulfato de quinina é o quinino. É extraída da quina. A quinina, pó branco, inodoro e de sabor amargo, é uma substância utilizada no tratamento de malária e arritmias cardíacas. Além de ser um fármaco é utilizada como flavorizante da água tônica.
     A característica de ser  luminescente vem da estrutura que a quinina, como molécula mista, com a presença de anéis aromáticos, cíclicos e grupos doadores de elétrons, como o -OH,  que intensificam o rendimento quântico do processo de absorção e emissão nesse composto. Vejamos na figura abaixo (Fig. 3) o espectro de absorção e de emissão do sulfato de quinina, também chamado de quinino:
Figura 3 - Espectros eletrônicos do sulfato de quinina quando coletados em modo de absorção (linha roxa) e modo de emissão (linha azul). Dados extraidos da base
     De fato, a estrutura molecular da quinina apresenta absorção na região do ultravioleta próximo, em 347,5 nm (28776,98 cm-1). Com essa energia de excitação promovemos a excitação de elétrons do estado fundamental S0 para estados singleto excitados S1 da estrutura eletrônica.
     Rapidamente atingido o nível excitado, elétrons decaem quase instantaneamente de forma radiativa para estados fundamentais S0 promovendo a emissão de luz visível com maior intensidade em 451 nm, o que corresponde a cor azul no diagrama de cromaticidade CIE, como visto na figura 4.
Figura 4 - Imagens de água tônica sob irradiação UV, fórmula estrutural da quinina responsável pela característica luminescente do composto e diagrama de cromaticidade da emissão do quinino em 451 nm sob excitação em 310 nm.
     As figuras de produtos com água tônica e sua fórmula estrutura foram extraidos de sites encontrados no google. O diagrama de cromaticidade CIE foi construído com dados do gráfico de emissão apresentado na figura 3. No CIE, o ponto preto indicado pela seta mostra a região de cor no esquema RGB da emissão do quinino quando irradiado em 310 nm (UV).


sábado, 16 de janeiro de 2010

A bebida e os neurotransmissores

Que tal saber como agem os neurotransmissores quando você ingere doses de álcool!

É, me parece que "enxer a cara" não é uma coisa tão saudável como a maioria dos adolecentes pensam, então fique ligado e aprenda a se divertir sem abusar do seu organismo.

Esta reportagem foi retirada de um site chamado "Anatomia & Fisiologia Humanas". Leia abaixo e compreenda.

O etanol (tipo de álcool presente nas bebidas alcoolicas) afeta diversos neurotransmissores no cerébro, entre eles o ácido gama-aminobutirico (GABA). Existem dois tipos de receptores deste neurotransmissor: os GABA-alfa e os GABA-beta, dos quais apenas o primeiro é estimulado pelo álcool, o que resulta numa diminuição de sensibilidade para outros estímulos.

O resultado é um efeito muito mais inibitório no cérebro, levando ao relaxamento e sedação do organismo. Diversas partes do cérebro são afetadas pelo efeito sedativo do álcool tais como aquelas responsáveis pelo movimento, memória, julgamento, respiração, etc.

O sistema glutamatérgico, que utiliza glutamato como neurotransmissor, também parece desempenhar papel relevante nas alterações nervosas promovidas pelo etanol, pois o álcool também altera a ação sináptica do glutamato no cérebro, promovendo diminuição da sensibilidade aos estímulos.